Para recomeçar

Depois de não sei quanto tempo, aqui de volta à blogosfera. Muita água passou debaixo da ponte e espero que consiga reencontrar o norte. Um abraço aos visistantes, se ainda os houver. Para recomeçar, tinha de haver este primeiro passo.

O casamento da ministra

A vice-ministra da Agricultura, Catarina Pajume, tomou o pódio do retiro anual sobre segurança alimentar e nutricional no país, realizado em Inhambane, onde se discutiam alternativas para salvar 450 mil pessoas mergulhadas na fome aguda em Moçambique para discusar sobre o seu casamento com Fernando Cossa, ex-motorista do Ministério dos Recursos Minerais, ora chefe dos transportes naquele pelouro.

In Magazine Independente, de 7 de Janeiro de 2009

O problema das mulheres

Li algures que o maior problema das mulheres são as outras mulheres. Só que nunca pensei que a tese fosse tão séria a ponto de a senhora Oluremi Obasanjo, 63 anos e primeira mulher do antigo presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, ter decidido publicar um livro - Bitter-Sweet: My life with Obasanjo - onde acusa o antigo marido de “falta de disciplina sexual”. No livro, com 130 páginas, a fogosa mulher não poupa os nomes de uma série de amantes, as datas e os locais dos encontros. Já com problemas de sobra como enviado das Naçöes Unidas para a República Democrática do Congo, Obsanjo tem estado a jogar até agora no silêncio. Se a moda das revelações pegasse em Moçambique, duvido que sobrasse gente para dizer que o estado da nação é bom.

A angústia de David

Os artistas da dança são como os da bola: todos têm carreiras curtas. Na Companhia Nacional de Canto e Dança, já começa a ser difícil acomodar todos os que vão deixando de dançar e David Abílio disse recentemente aos ouvintes da Rádio Moçambique que a gestão dos “velhinhos” é a sua maior angústia. Acho que essa questão não devia tirar sono apenas ao Director da Companhia. Devia ser motivo de reflexão para o ministro da Educação e Cultura e todos os que na euforia sempre disseram que aqueles artistas são “os embaixadores da cultura moçambicana”. Portanto, haja consistência, senhores.

Pão e circo


Na Roma antiga, os imperadores geriam o descontentamento popular com pão e circo (panem et circenses). Em Moçambique, o Governo como não tem pão para distribuir dá tolerâncias de ponto, o que dá espaço para cada um fazer o circo à sua própria dimensão.

in editorial do jornal SAVANA, de 2 de Janeiro de 2008

É um absurdo!

“Acho que não é justo que os nossos dirigentes paguem salários aos treinadores com base na cor da pele. É um absurdo.” – treinador Mussá Osman, campeao nacional de futebol 2008 pelo Ferroviario de Maputo, em entrevista ao jornal Domingo de 4 de Janeiro de 2009.

Atitude 2008

Para este blogue, a atitude mais interessante de 2008 foi a do Inspector Geral da Polícia, Benedito Zinocacassa. Surpreendentemente, afirmou que era mentira que tivesse sido nomeado chefe da comissão de inquérito para averiguar as circunstâncias em que se deu a última fuga de Anibalzinho. E mais, que dentro da Polícia se sabe muito bem aonde foram esconder o famigerado mecânico. Depois disso, os brincalhões da Polícia não mugiram nem tossiram. Moral da história: o porta-voz Pedro Cossa do Comando Geral da Polícia, o Ministro Pacheco e outras partes não visíveis do iceberg pensam que nos fazem de parvos.